Argentina salva as vendas da Ambev

11/05/2018

Argentina salva as vendas da Ambev

O volume de cerveja vendido pelas marcas da Ambev no Brasil caiu 8,1% no primeiro trimestre de 2018 se comparado com o início do ano passado. No conjunto da América do Sul, no entanto, a quantidade vendida subiu 5,7% e puxou o lucro líquido do período para cima. Com alta de 13,4% na comparação interanual, a cifra chegou a R$ 2,6 bilhões. Uma das razões para o resultado no continente foi o bom desempenho do mercado argentino, apesar do momento econômico delicado que vive o país vizinho. 

A companhia informou que o volume de cerveja vendido por lá “cresceu um dígito alto”, em função da alta nas vendas da Brahma, marcas premium e o lançamento da Quilmes Clásica. No Brasil, as vendas de bebidas não alcoólicas, encabeçadas pelos refrigerantes, despencaram ainda mais, 19,4%. O resultado reflete um índice de consumo das famílias ainda tímido e sem expectativa de aumento. Em abril, a intenção de compra do brasileiro caiu 1,3%, segundo a Confederação Nacional do Comércio (CNC). 

No caso da Ambev, neste início de ano, também teriam influido um carnaval precoce e temperaturas mais baixas, que inibiram o consumidor, conforme especificado na apresentação aos investidores. A expectativa dos executivos é que as vendas se recuperem ao longo do ano, com a chegada da Copa do Mundo da Rússia. Apesar das baixas, no Brasil, a receita líquida dos três primeiros meses (R$ 6,18 bilhões) foi apenas 1,8% menor do que a registrada em igual período de 2017. 

Isso porque a redução do volume vendido foi compensada pelo rendimento do hectolitro, que subiu 10,3% em função do reajuste de preços, corte de custos e câmbio favorável. Com relação à indústria de refrigerantes, a empresa explicou que o setor “ainda está sendo impactado por um baixo gasto discricionário”. Em todas as outras regiões onde a empresa opera - demais países da América do Sul, América Central, Caribe e Canadá - as vendas cresceram e sustentaram o bom desempenho global. Em noventa dias, a companhia entregou R$ 1,1 bilhão em dividendos aos acionistas.

Fonte: Jornal do Brasil

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